segunda-feira, 17 de setembro de 2007

E se o PT fosse oposição?

Os brasileiros não aceitam petistas e o próprio presidente Lula dizerem que o escândalo do mensalão não atingirá o presidente da República. Diante de tanta hipocrisia, de tanto descaramento político, é de se perguntar: como seria o escândalo do mensalão se o PT estivesse na oposição?

Imagine o escândalo do mensalão, num eventual governo de José Sarney, FHC ou de Itamar Franco. Aquele PT, o partido mais radical dos últimos 50 anos no Brasil, teria um comportamento demolidor e destrutivo. As bandeiras vermelhas com o 13 do PT e com os martelos e foices do PC do B, a ira radical e implacável do PSTU, tomariam conta das ruas com os militantes desses partidos. E gritariam o refrão muito usado nos 13 anos de campanha antes de chegar à presidência: "Fora fulano!", "Fora beltrano!", "Fora Cicrano!", "Impeachment Já!", "Chega de roubalheira!", "Xô ladrões!"

Lula, com cara amassada de insônia por noite mal dormida pela vergonha do escândalo do mensalão, execrando o PT e seu governo, com a denúncia dos 40 larápios com estreita ligação com o Palácio do Planalto, diz na televisão que o acatamento da denúncia contra os envolvidos serve para mostrar para o mundo a maturidade política do país e a liberdade das instituições em julgar o seu governo, o que caracteriza a estabilidade de nossa democracia. Que tal?

Se o PT fosse oposição, o Genoino rodaria a baiana na Câmara com cara de guerrilheiro frouxo; Mercadante arregaçava o seu bigode de paladino da moralidade pública, querendo uma CPI para apurar tudo e derrubar o presidente; Suplicy ficaria pregando o impeachment do presidente, em nome da decência e da ética; José Dirceu, com a cara de falso paladino da moral, pregava eleições já para aproveitar o escândalo e ter a chance quem sabe de emplacar Lula no poder; Marta Suplicy não perdoaria, aproveitaria para fazer um apelo às mulheres para que fossem às ruas e, juntas, ajudassem a pedir a destituição do presidente. Marta, com muita ira e vermelha de cólera, com certeza não conseguiria relaxar nem gozar. Todos dariam os braços e sairiam puxando o cordão de revoltados ao longo da Avenida Paulista, ex-palco de pregações e encenações de moralidade política dos petistas.

Mas, infelizmente, o PT não está mais na oposição. De estilingue, passou a vitrine e agora é o maior símbolo de descalabro político, sem ética e sem moral. A corrupção, a ladroagem, a desfaçatez e a falta de vergonha apodrecem o partido que nasceu em nome da ética. (Tomaz Teixeira)

Coluna Zózimo Tavares do Jornal Diário do Povo (Piauí) – dia 03 de setembro

http://www.diariodopovo-pi.com.br/arimateia_materia.php

Inácio se recusa a declarar voto a favor de Renan

O senador cearense Inácio Arruda (PCdoB) tem se mantido calado sobre como votou na sessão secreta que absolveu o presidente do Senado, Renan Calheiros. A postura dele é defensiva e visa se proteger das comparações com os outros dois senadores do Ceará: Tasso Jereissati e Patrícia Sabóia. Mesmo tendo sido um aliado de Renan, o senador Inácio Arruda prefere ficar silencioso e assim evitar desgastes políticos em sua base eleitoral. Leia mais sobre esse assunto em matéria do Folha de São Paulo:

No armário. Tido como voto certo pela absolvição de Renan, que interpretou como "derrota da direita" no site do PC do B, Inácio Arruda (CE) não declara como votou. Quer evitar a comparação com Patrícia Saboya (PSB) e Tasso Jereissati (PSDB), de sua base eleitoral e pró-cassação.

http://www.cearaagora.com/materias/pg_materias.php?cod=6232

Protesto!!!

O vocalista do grupo Detonautas, Tico Santa Cruz, organizou neste fim de semana, nas areias da praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, um protesto contra a absolvição de Renan Calheiros. O ato chamou a atenção de quem estava por perto. Nas faixas, as inscrições "Senado Covarde" e "Sociedade Omissa", levou muita gente a refletir.

Renan gera buzinaço!!!

Na noite de quarta-feira, 12 de setembro, no balcão do Bar do Gê, na Barra Funda (SP), um grupo de amigos - a maioria deles pequenos comerciantes - resolveu fazer alguma coisa para protestar contra a absolvição de Renan Calheiros pelos seus pares no Senado - ocorrida horas antes. Mas, fazer o quê? Mário Tadeu, o Chacrinha, dono de escritório de contabilidade, sugeriu uma faixa. O grupo gostou da idéia e, na tarde do dia seguinte, a faixa balançava no alto da porta do bar, na esquina das Ruas Cruzeiro e Baronesa de Porto Carreiro, com as frases: "Renan... Você não tem vergonha de ser brasileiro? CPMF e Renan - vergonha. Se você está contra eles, buzine".

A maioria dos motoristas que liam buzinavam. "Foi um buzinaço. De cada dez, oito metiam a mão na buzina", contou um mecânico das redondezas. A faixa foi retirada à noite, a pedido dos vizinhos, incomodados com tanta buzina, mas voltou na sexta-feira.

Aliados de Renan manobram para ter relator de confiança

Aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), iniciaram uma intensa articulação para tentar emplacar um "nome de confiança" na relatoria do terceiro processo contra o peemedebista no Conselho de Ética. Considerado o caso mais letal entre as denúncias contra Renan, o terceiro processo trata de acusações de que o presidente do Senado usou "laranjas" para comprar rádios em Alagoas com dinheiro de origem ignorada - parte em dólares. A Mesa Diretora autorizou a investigação no dia 16 de agosto, mas, desde então, o processo segue parado à espera de um relator.

Gilvam Borges (PMDB-AP), ligado a José Sarney (PMDB-AP), é o preferido do grupo pró-Renan. Mas, prevendo resistência da oposição, os aliados do senador avaliavam alterar a composição do conselho, trocando um titular por um suplente, em busca de um nome novo. A terceira saída seria sugerir que o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), herdasse o cargo. Nos bastidores, governistas dizem que Tuma foi um dos votos da oposição que ajudou a absolver Renan, porque nas vésperas da votação, seu filho Romeu Tuma Júnior, que não conseguiu se reeleger deputado estadual, foi indicado para a Secretaria Nacional de Justiça.

Esta semana, o senador João Pedro (PT-AM) apresenta relatório pedindo arquivamento do segundo processo contra Renan, cuja acusação é de tráfico de influência para favorecer a Schincariol. Um quarto processo deverá ser aberto. A representação já está na Mesa. No Palácio do Planalto, a expectativa é que a análise dos casos pendentes no Conselho de Ética esteja concluída, inclusive passando pelo plenário, até meados de outubro. Motivo: deixar a pauta para analisar a CPMF.

Esta semana, Renan deve se reunir com o presidente Lula. O petista quer que o senador mostre capacidade para articular a aprovação da CPMF, cuja votação em primeiro turno será tentada na Câmara nesta quarta-feira.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1709200702.htm

O Juiz

Indagado se acha que Renan Calheiros é inocente ou culpado, Lula mandou ver: "Não sou juiz".

Juiz ele era de Collor.
Juiz ele era de FHC.
Juiz ele era - pasmem!, até do agora aliado Sarney.
Juiz ele era de Eduardo Jorge.
Juiz ele era dos ministros que fizeram a privatização.
Juiz ele foi de Alckmin, acusando-o pela ação do PCC em São Paulo.
Juiz ele era, sempre implacável, de inocentes e culpados. Desde que fossem inimigos.
Juiz ele foi e é de todos aqueles que se opõem ao PT.
Juiz ele é do passado, condenando todos os governos que vieram antes.
Mas de Renan? Ah, não!

O lobista pagou a pensão. Mas Lula não é juiz.
As notas da venda dos bois são frias. Mas Lula não é juiz.
As rádios do senador estão em nome de laranjas. Mas Lula não é juiz.
O lobby em favor de uma cervejaria, com ganhos milionários, é escancarado. Mas Lula, já está claro, não é juiz.

Lula consegue ser até juiz da economia americana, como vimos há dias: "Eles criaram a crise". Mas, sabem como é, quando se trata de Renan Calheiros, ele se lembra de ser criterioso.

O homem consegue ser juiz até de facínoras, bandidos que, segundo ele, não tiveram a infância protegida pelos governos que o antecederam. Mas não lhe peçam para opinar sobre Renan. Afinal, Lula não é juiz.

Se Lula fosse juiz, saberia distinguir uma nota quente de uma nota fria. Como Lula não é juiz, então ele mobiliza a tropa de choque do Planalto para salvar Renan. Mais do que isso: o Planalto mobilizou até o milionário Gilberto Miranda. Foi o casamento da tropa de choque com a tropa do cheque.

Lula, na verdade, é o pior de todos os juízes. A venda que tem no rosto lhe tapa apenas um dos olhos. Com o outro, ele protege a "companheirada".

sábado, 15 de setembro de 2007

Absolvição de Renan "não foi impunidade", diz Lula

O presidente Lula disse neste sábado, 15 de setembro, em Madri, que a votação do Congresso que absolveu o senador Renan Calheiros "não foi impunidade". Segundo ele, a votação ainda demonstrou que "depois do ex-presidente Fernando Collor, o Brasil tem instituições sólidas para julgar".

Em uma conversa com os jornalistas que acompanham a sua visita de Estado à Espanha, Lula comentou também que não teme ter a imagem prejudicada por qualquer "acusação" de apoio pessoal ou do governo ao senador Renan Calheiros. Sem afirmar se acredita ou não na inocência do presidente do Senado, ele respondeu que, como presidente do Brasil, não julga ninguém. "Não sou juiz", declarou o petista.

Nosso comentário:

"Seria cômico se não fosse extremamente TRÁGICO. Quem te viu, quem te vê, hein Lula?!!!"

Brasileiros vão às ruas contra Renan

O "Movimento Grande Vaia" disparou mensagens pela rede de relacionamentos Orkut e e-mails convocando insatisfeitos para um ato "Fora Renan Calheiros" hoje. Em São Paulo, às 14 horas, na frente do prédio da Federação das Indústrias, na avenida Paulista; no Rio de Janeiro, ao meio-dia, na Candelária. Esse grupo surgiu dentro de comunidades contra o presidente Lula no Orkut, conta com a adesão de estudantes e profissionais liberais (que preferem não se identificar) e diz não ter ligação com partidos. No começo de agosto, promoveu diversas passeatas "Fora Lula!" pelo país. A "Grande Vaia" não tem ligação com o Cansei, que é liderado pelo presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D'Urso, e por empresários.

Em Fortaleza, estudantes e professores de alguns colégios se manifestaram, ontem, contra a absolvição de Renan Calheiros. No Colégio Agnus, no Montese, a bandeira brasileira estava estendida com uma tarja preta. Um cartaz, na entrada da escola, mostrava o motivo da indignação. "Em repúdio à falta de decoro, honestidade e ética, estamos de luto pela absolvição do Senador Renan Calheiros e da votação secreta". Os professores vestiram roupas pretas e os alunos usaram fitas da mesma cor. Outros colégios como Regina Pacis e Art & Manha, ambos localizados no Montese, também mostraram que não concordaram com o resultado da votação no Senado. O primeiro hasteou a bandeira a meio mastro e o outro colocou uma tarja preta sobre o símbolo nacional.

Defendido por petista Renan pode escapar de mais um processo de cassação

Sem fazer uma investigação, o senador João Pedro (PT-AM), que é relator do segundo processo por quebra de decoro contra Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou ontem que não há provas contra o presidente do Senado nesse caso. O petista deve apresentar seu relatório ao Conselho de Ética na próxima semana e a tendência é o arquivamento da denúncia.

Renan é acusado de beneficiar a cervejaria Schincariol em troca de vantagens pessoais. De acordo com a revista "Veja", a Schincariol comprou por R$ 27 milhões uma fábrica do irmão de Renan, em Murici (AL), quando o negócio estaria prestes a fechar. O preço estaria acima do de mercado. Depois da transação ser concluída, Renan teria conseguido suspender a cobrança de uma dívida de R$ 100 milhões da cervejaria com o INSS e uma outra, também milionária, com a Receita Federal.

João Pedro analisou apenas a representação protocolada pelo PSOL e a defesa apresentada por Renan. "Eu não vou ouvir ninguém", disse ele, que não quis adiantar o teor de seu parecer. Sem sequer fazer uma investigação, ele afirmou que a representação feita pelo PSOL se resume a uma matéria da revista "Veja" e que isso não é considerado prova. Em discurso no plenário do Senado, João Pedro reclamou da cobrança da oposição para apurar as denúncias de corrupção contra Renan. Ele afirmou que isso está atrapalhando o funcionamento da Casa.

Renan diz que ficará no cargo e se vê eleito pela terceira vez

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) disse essa semana, em entrevista a uma Rádio Gaúcha, que seu nome é o mais capacitado para presidir o Senado, pois nenhum dos outros 80 senadores tem condições de presidi-lo no atual cenário, de "absoluta divisão".

Afirmando considerar que a votação que o absolveu representa uma "renovação da confiança da Casa" e uma "terceira" eleição sua ao posto, Renan deu sinais de que não pretende renunciar ou se licenciar do cargo. Ele declarou, ainda, que recebeu total apoio de Lula durante toda a crise e que a relação ente o PMDB, seu partido, e o PT, partido do presidente, passa pelo "melhor momento". Aliás, a bancada do PT é tida como essencial para sua absolvição. "Temos a melhor relação, vivemos o melhor momento", afirmou Renan, dizendo ainda acreditar que sua permanência no cargo não trará dificuldade para a votação da emenda que prorroga a CPMF. Sobre Lula o senador afirmou: "Conversamos o tempo todo durante a crise e o presidente sabia que não havia absolutamente nada contra mim".

Falando no presidente Lula, ele ficou a um passo de festejar a absolvição de Renan, mas não pôde deixar de acrescentar um "se" pelo qual admite que o problema continua no ar. "O problema começou no Senado e terminou no Senado, se é que terminou", afirmou Lula, ainda na Dinamarca. O presidente aceitou que os jornalistas fizessem uma pergunta - e só uma -, já sabendo que seria sobre a votação do caso Renan. Sônia Bridi, repórter da Rede Globo, quis saber se Lula conhecia e concordava com "a ação da bancada do PT no Senado na defesa do senador Renan Calheiros". Lula fugiu do assunto com uma afirmação institucional: "Nós precisamos nos habituar a acatar o resultados das instituições. Não posso admitir que eu só possa acatar o resultado quando ele favorece aquilo que eu pensava. Houve uma votação pelas regras do Senado, e o Renan foi absolvido". Depois, voltou ao "se": "Se vai haver continuidade de processo, se vai haver a Suprema Corte, são outros problemas". Lula disse também que, "para um presidente da República, o que interessa é que o Senado volte a funcionar com normalidade porque temos coisas muito importantes a serem votadas. Temos a CPMF, temos a reforma tributária, temos coisas de interesse do povo brasileiro. É isso o que conta".

Nosso comentário:

O presidente deveria perguntar ao povo brasileiro, que ele diz representar, se é realmente interessante a prorrogação da CPMF. Além disso, como defensor ferrenho da democracia, ele não deveria bradar aos quatro ventos que esse mesmo povo brasileiro precisa simplesmente acatar uma decisão do Senado, sem ao menos ter o direito de contestar e lutar contra o que não lhe agrada, como é o caso da absolvição de Renan - já que vivemos numa democracia.

Ministério Público apura se assessor de Renan usou gabinete para crimes

O Ministério Público Federal em Brasília encontrou indícios de que o então assessor de Renan Calheiros na Presidência do Senado cometeu crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, corrupção e peculato por ter operado contas não declaradas no exterior. De acordo com o Ministério Público, o ex-servidor Francisco Sampaio de Carvalho movimentou uma conta no paraíso fiscal da ilha Grand Cayman, no Caribe, a partir de um fax instalado na Presidência do Senado, já na gestão de Renan. A conta chegou a registrar 11 milhões e 100 mil reais.

O caso, revelado em maio do ano passado pelo Jornal Folha de São Paulo, gerou um embate entre o Ministério Público e a Polícia Federal. Após analisar extratos, autorizações para a compra de ações no exterior e relatórios bancários dos investimentos - muitos com a assinatura de Francisco Sampaio, o Ministério Público encaminhou a documentação à Polícia Federal em junho do ano passado, para que as investigações fossem aprofundadas. Até agora, não foi instaurado inquérito e o Ministério Público quer os papéis de volta para conduzir as investigações.

Francisco Sampaio era homem de confiança de Renan no Senado. Quando o senador era o líder do PMDB na Casa, ele (Francisco Sampaio) trabalhou na liderança do PMDB. Em 2005, Renan levou o então assessor para atuar na consultoria da presidência do Senado. Francisco Sampaio pediu demissão do cargo em meio à apuração do caso. Agora, se as investigações realmente forem retomadas e ficar comprovada a culpa do então homem de confiança do presidente do Senando, só vai ficar faltando Renan, inspirado no presidente Lula, dizer que não sabia de nada.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1409200721.htm

67% dos fortalezenses rejeitam novo mandato para Luizianne

Mesmo com forte sustentação política, agora que o deputado federal Ciro Gomes anunciou apoio a sua reeleição, a prefeita Luizianne Lins terá muitas dificuldades para conseguir um novo mandato. É crescente a taxa de rejeição à sua administração. Pesquisa realizada pelo instituto carioca GPP - um dos mais conceituados e que faz pesquisa para o Jornal do Brasil, aponta que quase 70% dos eleitores de Fortaleza não querem a reeleição de Luizianne Lins. Um índice elevado. O índice é baseado na pergunta: "A prefeita Luizianne Lins merece um novo mandato de 4 anos?". Respostas:

67,3% - a prefeita Luizianne Lins já teve sua chance e deve dar lugar a outro como prefeito de Fortaleza;

28,8% - a prefeita Luizianne Lins merece ser reeleita para um novo mandato de quatro anos; e

4,0% - não souberam ou não responderam.

Ely Aguiar denuncia maus tratos da Prefeitura de Fortaleza com animais

O deputado Ely Aguiar (PSDC) denunciou, na sessão da Assembléia Legislativa do último dia 04, o tratamento dado pela Prefeitura de Fortaleza aos animais errantes do centro da cidade. De acordo com o parlamentar, um grupo de estudantes universitários o procurou para reclamar que a Prefeitura está recolhendo os animais que ficam próximo ao Passeio Público e à Igreja da Sé e levando-os para o sacrifício no Centro de Zoonoses.

"Ver um animal sendo maltratado é algo que me provoca uma sensação de revolta, indignação e raiva. A gente sabe que a própria Igreja defende os animais como criaturas de Deus e também conhecemos a paixão do povo brasileiro por animais domésticos. Fiquei preocupado com essa denúncia contra a Prefeitura e, por isto, decidi trazer o tema para uma discussão nesta Casa", ressaltou o deputado.

Ely Aguiar destacou que alguns dos animais capturados são recém-nascidos e isso tem causado "uma revolta muito grande " entre as pessoas que moram nas imediações do centro. "Nós, que trabalhamos voluntariamente com a adoção de gatos, fomos surpreendidos com as medidas adotadas pela gestão local. Desde o dia 21 de agosto, fomos barrados e impedidos de alimentar os gatos do Parque das Crianças. E a justificativa era que ordens superiores estavam sendo seguidas. Isso é uma ação arbitrária e desumana", reclamou o parlamentar.

Em seu pronunciamento, o deputado destacou que, diferente do que acontece em algumas regiões do país no que se refere ao incentivo à adoção de animais, "aqui em Fortaleza a coisa está acontecendo ao contrário. Esse tipo de medida adotada pela Prefeitura é crime. A lei dos crimes ambientais diz que todos têm direito a um ambiente ecologicamente equilibrado. Eu não acredito que nós tenhamos uma prefeita 'mata-gato'. A gente reclama e pede uma compreensão maior por parte da Prefeitura com os animais", disse Ely Aguiar, que continuou seu discurso com um questionamento: "eles merecem ser sacrificados? Se a Prefeitura acha que existem muito animais, que faça um controle dos bichos. Não podemos admitir que uma coisa dessas esteja acontecendo. Espero que esses animais recebam o tratamento que merecem".

Nosso comentário:

"Para quem se diz defensora do meio-ambiente - anda até embargando obras, francamente Dona Luizianne!!!"

Projeto dá outra pensão a Lula

Tramita na Comissão de Constituição e Justiça do Senado um projeto do ex-senador Ney Suassuna (PMDB-PB) que prevê a criação de pensão vitalícia para ex-presidentes da República. Suassuna fez o projeto - autêntico Plano de Aceleração do Crescimento da Renda de Lula (PAC-RL) - depois de ouvir do presidente petista a preocupação com a queda de seu "padrão de vida", após concluir o mandato em 2010. Lula está tão preocupado com sua situação, que após a conversa com Ney Suassuna há 18 meses, ele voltou a expor o assunto, recentemente, durante almoço com ministros e governadores, do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e de Goiás, Alcides Rodrigues.

O presidente petista já acumula pelo menos duas aposentadorias: uma por invalidez e outra como "anistiado político". Total: cerca de 6 mil reais, por mês. Lula passou a receber pensão por invalidez após perder o dedo mindinho. Depois, ganhou outra aposentadoria na condição de "anistiado político" e passou a receber 4 mil 627 reais e 38 centavos.

Prefeitura de Fortaleza institui cartão corporativo

A prefeita Luizianne Lins (PT) acaba de criar, por meio de decreto, o Cartão Corporativo de Fortaleza, destinado ao pagamento de despesas realizadas pela gestão municipal. De acordo com o decreto, o cartão foi instituído para o pagamento em "Regime de Adiantamento", para a realização de pequenas despesas efetuadas na aquisição de material e serviços, além de prestação de serviços às autoridades.

Cabe à chefe-de-gabinete da prefeita autorizar o uso do cartão pelos secretários municipais e autoridades a eles equiparados. O limite do cartão é de 8 mil reais, por item de despesa. O controle dos limites será feito pela instituição financeira operadora do cartão, que vai permitir a realização de saques no valor correspondentes às compras.

No governo Lula, auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União em compras feitas com cartões corporativos de funcionários da Presidência, aponta problemas em notas fiscais apresentadas para justificar as despesas. Das 648 notas analisadas pelo órgão, cerca de 35%, o equivalente a 482 mil e 500 reais em compras, apresentaram indícios de irregularidades. A maioria delas de natureza fiscal, como alteração do valor pago, endereços inexistentes e indícios de sonegação fiscal por parte da empresa prestadora do serviço.

De 2002 para cá, as compras com cartões corporativos de todos os órgãos do governo Lula consumiram mais de 100 milhões de reais. Somente nos seis primeiros meses deste ano, assessores do governo Lula torraram 36 milhões e 200 mil reais através de cartão corporativo.

Veja mais detalhes no site Contas Abertas:

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Brasileiros já pagaram mais de R$ 581 bilhões em impostos em 2007

Os brasileiros já pagaram, somente este ano, mais de R$ 581 bilhões em impostos. O cálculo foi feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) e pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) com base na arrecadação dos governos federal, estaduais e municipais. As contas podem ser vistas no site do Impostômetro na internet.

Com o programa, é possível fazer uma série de simulações, como saber quanto cada um pagou de CPMF em 2007 e quanto estados e municípios arrecadaram. "Cada brasileiro já pagou, durante esse ano R$ 3,084,79 de tributos", fala Gilberto Amaral, tributarista do IBPT. "Existe muito dinheiro. Agora, como esse dinheiro é aplicado e quais são as prioridades que os governos decidem é que a população precisa também se interessar", fala o tributarista.

Só em CPMF, o imposto sobre os cheques que tem 40% destinados à saúde – ou pelo menos deveria ter, os brasileiros já pagaram R$ 22 bilhões este ano. A previsão do governo é arrecadar, até o final de 2007, R$ 36 bilhões com o tributo. Já o Imposto de Renda foi responsável por acrescentar R$ 100,4 bilhões aos cofres governamentais. A maior parte dos impostos – R$ 402 bilhões desde o início do ano – foram arrecadados pela União.

Para os empresários que criaram o novo impostômetro, o sistema vai ajudar o brasileiro a refletir sobre tudo o que paga. "Conscientização, organização e educação. Isso é um processo educativo", acredita Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo.

Confira o impostômetro aqui.

http://g1.globo.com/Noticias/Economia/0,,MUL94499-5599-185,00.html

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Repercussão do nosso Blog!!!

"CANSEI" AQUI

O Ceará já tem sua versão do Movimento Cansei, iniciado pela OAB de São Paulo e que questiona insegurança, desemprego e corrupção que perduram no Brasil. O grupo, formado por empresários e formadores de opinião, já colocou um blog (http://www.tocansado2007.blogspot.com/) no ar.

(Da Coluna Vertical do O POVO aqui)

ONGs fazem a farra com escolas-fantasma

Maior programa de educação do governo federal, o Brasil Alfabetizado, criado em 2003 para erradicar o analfabetismo no país, se transformou em alvo fácil para organizações não-governamentais (ONGs). Fraudes e irregularidades fazem parte do currículo do programa, que somente no ano passado recebeu 170 milhões de reais da União, sendo que desse total 51 milhões foram parar nas mãos de ONGs. Reportagem do Jornal Correio Brasiliense percorreu turmas de diversas ONGs cadastradas no Ministério da Educação em três estados e no Distrito Federal. O resultado foi o mesmo: endereços falsos e inexistentes, turmas-fantasmas e alfabetizadores que desconhecem o programa ou têm formação precária.

Grande parte dos recursos do programa de alfabetização é comandada pela Agência de Desenvolvimento Solidário, ONG criada em 1999 pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), presidida até 2005 pelo atual ministro da Previdência Social, Luiz Marinho. Este ano, ela recebeu 8 milhões e 200 mil reais, mas muitas de suas turmas não funcionam, pelo menos em Recife. No local onde deveria haver uma das turmas da Agência de Desenvolvimento Solidário funciona um restaurante self-service. Antes, o imóvel abrigava uma distribuidora de água mineral.

Em Minas Gerais, uma pequena cidade no sul do estado deveria ter reduzido significativamente os índices de analfabetismo com o programa, se ele tivesse sendo cumprido. De acordo com o MEC, o município de Paraisópolis tem 536 alfabetizandos em 42 turmas. Os responsáveis pelo programa na cidade confirmam o funcionamento de apenas nove turmas, mantidas pela Alfabetização Através da Literatura (Alfalit), com sede no Rio de Janeiro, e pela Associação dos Estudantes Secundaristas de Paraisopólis (Asesup). Algumas turmas cadastradas na cidade têm endereço fictício. Uma delas está numa praça pública e outra em um imóvel à venda.

http://noticias.correioweb.com.br/materias.php?id=2717474&sub=Pol%c3%adtica

Governo multiplica a criação de cargos para apadrinhados políticos

O governo Lula aumentou em 7,6 vezes o ritmo da criação de cargos comissionados no segundo mandato. A média mensal de criação desses postos, também chamados de cargos de confiança, saltou de 23,8 no primeiro mandato para 179,7 entre janeiro e julho de 2007. Esses empregos são muitas vezes destinados a apadrinhados políticos. Lula já criou, somente este ano, 1.258 cargos comissionados, chegando ao número recorde de 22.345.

O PT calcula que cerca de 5.000 cargos de confiança federais são ocupados por filiados. Todos são obrigados a contribuir com uma parte do salário, o "dízimo", para o partido. A receita petista com esse tipo de contribuição cresceu 545% no primeiro governo Lula, chegando a 2 milhões 880 mil reais em 2006. Isso gera acusações da oposição de que a burocracia federal foi partidarizada.

O Ministério do Planejamento credita a expansão da máquina à criação de novos órgãos federais, que tem sido intensa neste início de segundo governo. Enquanto o governo FHC acrescentou quatro órgãos em oito anos, Lula criou 12 em menos de cinco. São agora 86 órgãos federais, entre ministérios, secretarias e institutos. Só neste ano, foram criadas duas secretarias especiais com status de ministério, a dos Portos e a de Longo Prazo, levando a 38 o número de pastas no primeiro escalão. Para suprir os novos órgãos, o governo editou, em junho, uma medida provisória criando 600 cargos de confiança. Seguindo uma política de valorizar os titulares de cargos de confiança, que estão entre os mais bem pagos da administração federal, Lula também editou uma Medida Provisória concedendo reajustes que chegam a 140% em alguns casos.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2708200702.htm

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Governo previu tragédia da TAM e nada fez

Segundo documento recebido nesta quinta-feira, 23 de agosto, pela CPI do Apagão Aéreo, na Câmara, as autoridades da Infraero e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tinham consciência dos perigos da pista do aeroporto de Congonhas antes da tragédia do vôo 3054 da TAM, que matou 199 pessoas. Em 13 de dezembro de 2006, durante reunião de técnicos da Infraero, da Anac e das empresas aéreas, discutiu-se a possibilidade de a qualquer momento um avião perder o controle e "atravessar" a pista.

O gerente de Padrões de Avaliação de Aeronaves da Anac, comandante Gilberto Schittini, segundo ata da reunião (que ocorreu no Rio de Janeiro), "reportou que os três incidientes ocorridos recentemente poderiam ser considerados indícios de que há um potencial de ocorrências mais graves, com ultrapassagem do final da pista (varar a pista)". Apesar da gravidade da advertência, o governo não adotou qualquer providência para evitar a tragédia, à exceção da reforma da pista principal do aeroporto, mas a liberou para pousos e decolagens antes mesmo de providenciar o grooving (ranhuras) que auxiliam a aterrisagem de aeronaves, especialmente sob chuvas. Além disso, a Anac chegou a fornecer documento falso à Justiça Federal em São Paulo na tentativa (com êxito) de impedir a interdição do aeroporto de Congonhas.

A frase do comandante Schittini descreve precisamente o que ocorreria em 17 de julho com o Airbus da TAM, que atravessou a pista e explodiu ao bater no prédio da TAM Express, matando todos os seus passageiros, tripulantes e mais uma dezena de pessoas que se encontravam nas imediações.

http://www.claudiohumberto.com.br/